Compulsão por pornografia e fé: quando a castidade se torna um conflito
- niviaserrapsi
- há 4 dias
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Compulsão por pornografia e fé: o conflito entre espiritualidade, desejo e culpa

"Durante a minha adolescência, eu ia muito à igreja e tinha escolhido esperar. Por conta disso, não tive relações sexuais com as namoradas da época. Mas, sozinho no quarto, buscava pornografia e depois me sentia o pior homem do mundo. Me escondia de mim mesmo e de Deus."
Esse é o relato de muitos homens que chegam ao consultório. Homens com histórico religioso forte, criados em ambientes onde o sexo é assunto proibido, e que aprendem a associar o prazer ao pecado. A compulsão por pornografia e fé entram em conflito, criando um ciclo de culpa, vergonha e silêncio.
Muitos deles passam anos tentando lidar com isso sozinhos, com promessas de não repetir, jejuns, castigos, orando por perdão. Mas sem compreensão profunda sobre o que está por trás do comportamento, a compulsão por pornografia e fé se tornam partes de uma mesma dor.
Quando a espiritualidade exige repressão total
Em religiões que pregam a castidade, o ideal é não sentir, não desejar, não se tocar. A masturbação é vista como pecado, a pornografia como sujeira, o desejo como fraqueza. Desde muito cedo, meninos aprendem que tudo o que é natural e fisiológico deve ser reprimido.
Mas o corpo não obedece à doutrina. A excitação aparece. O desejo pulsa. E não se fala sobre isso com ninguém.
A pornografia então entra em cena como alívio silencioso. Não exige conversa, compromisso ou confronto. A compulsão por pornografia e fé se constrói nesse silêncio. Na noite. No segredo. E principalmente na culpa que vem depois.
Compulsão por pornografia e fé: o ciclo da culpa
Desejo reprimido
Busca por alívio em vídeos, imagens, sites ao vivo
Prazer imediato e solitário
Culpa intensa e sentimento de pecado
Promessa de nunca mais fazer
Repressão ainda maior do desejo
Nova recaída
E assim o ciclo se repete por anos. Alguns passam a buscar garotas de programa por ser mais fácil do que lidar com a vulnerabilidade de uma relação real. Outros assinam sites como OnlyFans para manter o controle da fantasia. Mas todos, em algum momento, se veem emocionalmente esgotados.
Fantasias, vergonha e medo de Deus
Na compulsão por pornografia e fé, o medo de ser descoberto pela família, pela igreja, por Deus, torna tudo mais pesado. Alguns relatam não conseguir mais orar. Sentem-se indignos. Pensam que Deus os rejeita. Que nunca serão perdoados.
Algumas fantasias se tornam perturbadoras. A sensação de "perdi o controle da minha mente" é real. O homem se sente sujo, pecador, envergonhado. Mas segue em silêncio.
A compulsão não é falta de fé. É um pedido de ajuda.
A compulsão por pornografia e fé não significam que o homem é fraco. Significam que ele precisa de ajuda. Muitas vezes, por trás desse comportamento, existem traumas, repressões, crenças distorcidas sobre o corpo, o prazer e a masculinidade.
A terapia sexual com abordagem cognitivo-comportamental ajuda o paciente a:
Entender a origem dos seus pensamentos automáticos
Identificar os gatilhos emocionais e espirituais da compulsão
Desenvolver uma relação mais respeitosa com o corpo e com o desejo
Reconstruir sua espiritualidade sem medo, vergonha ou culpa
Estabelecer relações reais, afetivas e seguras
Uma nova relação com o prazer e com Deus é possível
Não se trata de abandonar a fé, mas de vivê-la com mais verdade. É possível integrar espiritualidade e prazer. Não há nada de errado em desejar. O problema é quando o desejo se torna compulsão e você se sente aprisionado.
A psicoterapia não te afasta de Deus. Ao contrário, pode te aproximar da sua verdade interior, sem peso e sem medo.
Compulsão por pornografia e fé: o melhor momento para pedir ajuda é agora
Se você sente que vive esse conflito entre compulsão por pornografia e fé, saiba que você não está sozinho. Atendo homens como você todos os dias.
O atendimento é online para brasileiros do mundo todo ou presencial no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro - RJ.
Psicóloga Nivia Serra - CRP 05/50281
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