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Desejo sexual na maturidade: quando um ainda quer e o outro não. Meu desejo continua, mas o dela não é mais o mesmo: e agora?

  • Foto do escritor: niviaserrapsi
    niviaserrapsi
  • 5 de ago.
  • 4 min de leitura

O desejo sexual na maturidade pode mudar, mas isso não precisa significar o fim do prazer e da intimidade.

desejo sexual na maturidade

Depois de mais de 30 anos juntos, ele ainda a deseja como antes. Ela, por outro lado, sente que sua libido mudou, e o toque que antes provocava arrepios agora muitas vezes causa desconforto. Essa história é mais comum do que parece e atravessa silenciosamente muitos casamentos longos, onde o amor continua, mas o desejo sexual na maturidade segue caminhos diferentes para cada um.

Neste artigo, vamos falar sobre as transformações naturais da sexualidade com o passar do tempo, sobre o sofrimento de quem ainda sente vontade de se conectar e não encontra reciprocidade, e sobre como a terapia sexual pode ajudar casais a redescobrirem novos caminhos para o prazer, a intimidade e a cumplicidade.


O que muda na sexualidade com o tempo?

A sexualidade é viva, e como tudo que é vivo, ela se transforma. Com a chegada da maturidade, mudanças hormonais, questões emocionais, experiências de vida, histórico do relacionamento e condições de saúde vão redesenhando a forma como o desejo aparece e como o corpo responde aos estímulos.

Na mulher, a menopausa pode levar à diminuição da lubrificação, da sensibilidade genital e da libido. Já nos homens, apesar de o desejo sexual na maturidade muitas vezes continuar presente, questões como diabetes, uso de medicamentos, e disfunções eréteis podem afetar a performance.

Mas o desejo – tanto para homens quanto para mulheres – não desaparece por completo. Ele muda de forma, de ritmo e de linguagem. Às vezes, ele se torna mais emocional do que físico, mais centrado na conexão e no toque do que no sexo em si.


Quando o desejo não desaparece para um dos dois

Um dos grandes desafios que muitos casais enfrentam é a chamada diferença de libido: quando um ainda tem um forte desejo sexual, e o outro não acompanha esse ritmo.

Isso pode gerar dor, frustração, sentimento de rejeição, dúvidas sobre o próprio valor e até afastamento afetivo. Em especial para o parceiro que ainda deseja, ver o outro recusar carícias, beijos ou relações pode criar um vazio difícil de preencher.

Muitas vezes, essa dor não é apenas sexual, mas profundamente emocional. Porque o toque, o sexo e os carinhos são formas importantes de expressar o amor, e quando são negados, pode-se interpretar como "ele ou ela não me ama mais".

E, na maturidade, esse sofrimento pode se intensificar justamente porque o tempo se torna mais precioso. A vontade de viver momentos prazerosos e significativos é ainda maior, e o desejo sexual na maturidade se torna um pedido urgente por conexão e vitalidade.


O desejo pode voltar? Pode. Mas não do mesmo jeito

É importante entender que o desejo feminino, especialmente na maturidade, costuma ser responsivo, ou seja, ele é ativado por contextos, palavras, gestos, segurança emocional e sensação de acolhimento.

O desejo masculino, por outro lado, costuma ser mais espontâneo e direto, surgindo com mais facilidade. Isso não significa que um é melhor ou pior, mas sim que os dois funcionam de maneiras diferentes.

Quando um homem busca beijos, carinhos e sexo e encontra distância, pode se retrair, se machucar ou cobrar. Mas a cobrança afasta ainda mais a mulher, que se sente pressionada e não respeitada em seu ritmo.

O que pode criar um círculo vicioso: ele insiste, ela recua, ele se frustra, ela se sente invadida.


O poder da comunicação sexual

Falar de sexo é difícil para muitos casais, especialmente os que cresceram em uma cultura que tratava o assunto com culpa e silêncio. Mas comunicar o que sente, o que deseja e o que machuca é essencial.

Em vez de dizer: "Você nunca quer nada comigo mais!", o parceiro pode tentar: "Sinto falta da sua aproximação. Os seus beijos e o seu toque me fazem sentir vivo, amado. Como podemos nos reconectar com carinho, sem pressa?"

A comunicação sexual não deve ser um campo de cobranças, mas de escuta e empatia. O desejo sexual na maturidade é uma ponte que pode ser reconstruída com palavras, afeto e novas possibilidades.


Novas formas de intimidade e prazer

Sexo na maturidade não precisa seguir os mesmos roteiros da juventude. Ele pode ser mais sensorial, mais lento, mais terno. Beijos demorados, massagens, banhos juntos, troca de olhares, dançar abraçados, falar sobre fantasias e memórias eróticas podem reativar a conexão.

O corpo muda, mas o direito ao prazer permanece. A intimidade pode ser reinventada. E isso pode ser incrivelmente libertador para ambos.


Quando buscar ajuda?

Quando a dor se instala, quando o silêncio vira regra, quando o carinho desaparece, buscar ajuda é um ato de coragem e de amor.

A terapia sexual pode ajudar o casal a:

  • Entender as diferenças de desejo

  • Identificar o que bloqueia o prazer

  • Recuperar a intimidade

  • Aprender novas formas de se tocar e de se conectar

  • Falar sobre o que machuca e o que se deseja


Se você e seu parceiro(a) estão enfrentando esse momento em que o desejo sexual mudou, mas o carinho, o afeto e a vontade de estarem juntos continuam vivos, saiba que existe caminho.

O desejo sexual na maturidade não precisa desaparecer. Ele pode ser transformado, reinventado, ressignificado.

Atendimento com a Psicóloga Nívia Serra – CRP 05/50281

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